segunda-feira, 31 de maio de 2010

Concentração, cadê você?

Por quê aquela imagem insiste em voltar? Não deveria. Eu não deveria. Você não deveria. E essa vontade maluca de falar com você? Não posso. Eu sei que não posso. Você sabe que não pode. E esse sentimento estranho que insiste em voltar? Eu sinto. Você não sente. Com a foto do meu maior amor platônico no fichário, esse sentimento aumenta. Não por ele. Não por mim. Por você. E tudo que eu quero te dizer eu já cansei de escrever. Carência, abstinência, decadência, tudo com 'ência', influência?

"Mas diz porque chegou a hora
agora que eu venci meu medo
te peguei pelos dedos
pra dançar enquanto o sol demora
para chegar trazendo auróra
e a luz que cega e me dá medo
(...)
e cada dobra conta histórias
de muitas delas sinto medo
são muitos enrredos
enrolados e embriagados como nós
tão a sós, como nós, tão a sós.

(Quando você não esperar vai doer
e eu sei como vai doer e vai passar
como passou por mim e fazer com que se sinta assim,
como eu sinto, como eu vejo como eu vivo
como eu não canso de tentar eu sei que vai ouvir,
eu sei que vai lembrar, vai rezar pra esquecer,
vai pedir pra esquecer, mas eu não vou deixar, eu não vou deixar.)

E eu não quero lembrar do que eu fui pra você
uma simples distração pra você esquecer
eu não quero lembrar que chegamos ao nosso fim.
Eu não quero lembrar que eu vou acordar
sabendo que meus olhos não vão te encontrar
eu não quero lembrar que tudo acabou pra mim.

Vou te esquecer, vou te esquecer...
Porque você insiste em dizer que ainda existe vida." Milonga - Fresno

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