sexta-feira, 30 de abril de 2010

Cadê você?

As pessoas seguram uma risada quase de pena. Mas se ele nem morava aqui, mas se ele não ficou mais do que uma semana com você, mas se já faz tempo que ele se foi, sem nunca ter sido.
Então o quê? Nem eu sei. Mas sei da minha enxaqueca que já dura dois meses. Latejando sem parar. O coração que subiu nos meus ouvidos. Gritando que sente falta e pronto. Eu sinto falta de ligar o celular, e ter uma mensagem sua dizendo que vai dar tudo certo. E sorrir mesmo estando numa fila gigantesca para o táxi. Não tem poesia nem palavra difícil e nem construção sofisticada. O amor é simples como sorrir numa droga de fila. E não se sentir mais sozinho e nem esperando e nem desesperado e nem morrendo e nem com tanto medo. Eu sinto falta de querer fazer amigos em qualquer festa, só pra conhecer gente estranha e te contar depois. Agora, eu fico pelos cantos das festas. Voltei a achar todo mundo feio e bobo e sem nada a dizer. Porque eu acho que estava gostando mais das pessoas só porque te via em tudo. Agora as pessoas voltaram a me irritar. E eu voltei a ter que fazer muita força pra sair de casa. Quando alguém não entende o meu amor, eu lembro daquele dia que você não queria tocar violão pra mim. Até que dedilhou reclamando que não era o seu violão. Daí tentou uma música conhecida. Tentou uma menos conhecida. Daí tocou uma sua, com a voz baixinha e olhando pro nada. E então me encarou e cantou com a voz alta. E então largou o violão, me encarou e cantou bem alto a sua dor, de pé, na minha frente, e eu achei que meu peito ia explodir. E isso explica tudo, mas ninguém entende. Você entende. Mas cadê você? Quando vai dando assim, tipo umas onze da noite, o horário que a gente se procurava só pra saber que dá pra terminar o dia sentindo algum conforto. Quando vai chegando esse horário, eu nem sei. É tão estranho ter algo pra fugir de tudo e, de repente, precisar principalmente fugir desse algo.
E daí se vai pra onde? Tati Bernardi

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Decadência.

Quando tudo isso vai passar? Todos os problemas de acumularam, e a cada dia só arrumo mais e mais problemas. Sem contar, que perdi uma pessoa muito importante... Se continuar assim, vou perder todas. Tenho nojo de mim. E essa indecisão? Esse sentimento estranho? Tudo decadência. E essas lágrimas que ousam cair? Estava guardando-as para um dia que eu realmente precisaria, e esse dia chegou. Quando tocam no seu nome, elas também querem cair... Mas eu não deixo! Acho que tudo que fiz, só fez você se afastar mais e mais.

Mesmo estando longe de ti, o seu cheiro ainda existe em mim. E nem o céu ou as estrelhas podem de trazer de volta. Me dê algum motivo, por não estar contigo, quero saber se você tem um novo amigo, que ama você como eu amei, e que também vai te proteger, e te dar o que eu não te dei.

O problema é que algumas dores só se cicatrizam quando outras aparecem. Aprender da pior maneira, ainda é a maneira mais fácil de nunca se esquecer. Dói muito, mas acaba de uma vez.

domingo, 18 de abril de 2010

Cinderela ao contrário.

E meus olhos te procuravam no meio da multidão, eu sabia que você estava ali, eu sentia isso. Tinha certeza que você também estava me procurando, era um quase encontro. Quase porque você não sabia que eu iria, mas tenho certeza, esperava isso. Na verdade, tinha. Eu podia te imaginar, você usava uma jaqueta azul, que combinava com seu tênis, que combinava com seus olhos. Minhas amigas olharam, para algo que sabia que não deveria olhar. Eu olhei. Era você, justamente com aquela jaqueta azul, com aquele tênis e com aqueles olhos. Que olhavam outra coisa, outro alguém. Você não pode imaginar como eu me senti, e talvez nunca tente. Mas, foi algo parecido com uma explosão. Você explodiu de uma só vez meus sonhos, e o meu pobre coração. Esqueçam o Osama bin Laden, o terrorista mais perigoso do momento tem outro nome. Que eu me recuso a dizer, ele não merece fama a minhas custas. Na verdade, ele não merece nada. Nem meus depoimentos, nem meus telefonemas... Mas, isso é algo que eu contarei depois, não é hora de falar sobre isso. Naquele momento, eu só queria voltar para a casa. E fingir que nada daquilo tinha acontecido. Assim como rasgar uma prova com nota baixa. Mas, não deu. Testemunhas demais. Na verdade, a festa toda. A cinderela naquele dia, foi embora mais cedo para casa. E com os dois sapatos.
Eu precisava chegar em casa para tirar aquela roupa apertada. Ingenuidade. O aperto mal tinha começado. Minha cama estava cheia de roupas, e a última coisa que eu queria fazer, era tirá-las da lá, era muita coisa fora do lugar em apenas uma noite. Eu precisava dormir, mas o meu coração queria me dizer alguma coisa. Eu não entendia, eu não entendo. Depois dos Quinze